quarta-feira, 28 de março de 2012

El Pasajero - Uma viagem improvisada



Dizem que a "saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar". Conversas, pesquisas, sonhos, prêmios, conquistas daqueles que admiro e muitas emoções pelas quais minha alma chama; mas não pelo passado, e sim pelo o que o presente tem, e o que o futuro trará! Os meus melhores encontros!



"A pesquisa de Gustavo Miranda e César Gouvêa que culminou no espetáculo “El Pasajero – Uma viagem improvisada” iniciou após o encontro dos atores no primeiro Festival Internacional de Improvisação Teatral promovido pela Cia do Quintal, no ano de 2006. Naquele momento, movidos pela admiração ao trabalho do parceiro, nasceu o desejo de trabalharem juntos, e deste desejo, após quatro anos, aconteceu a estréia do tão esperado espetáculo no dia 16 de Julho de 2011, na Sala Crisantempo, em São Paulo.

César Gouvêa, criador do espetáculo “Jogando no Quintal”, junto com Márcio Ballas, formou-se ator e se dedica à linguagem do palhaço a mais de dez anos, durante os quais trabalhou com nomes renomados na arte, como Cristiane Paoli Quito, Chacovacchi e Léo Bassi. Atualmente, a Cia. Do Quintal possui mais de dez espetáculos baseados nas técnicas de clown e improviso, sendo uma das mais renomadas do Brasil.

Gustavo Miranda é conhecido no Brasil por atuações nos espetáculos “Improvável”, da Cia. Barbixas de Humor, “Jogando no Quintal” e junto à Cia. Do Quintal em Festivais Internacionais de Improvisação. Ator formado pela Universidade de Antioquia (Medellín – CO) e fundador do grupo “Acción Impro”, reconhecido mundialmente por seus dez espetáculos, cujos integrantes atuam em encontros, campeonatos e festivais representando o país com a “Seleção Colombiana de Improvisação”.

Ultrapassando as barreiras culturais e linguísticas, César e Gustavo, embasados pela fragilidade e espontaneidade palhaço, dramaturgia e construção de cenas e personagens, bem como pela agilidade e prontidão do improvisador, relatam a saga um homem em um aeroporto, cuja maior viagem é a busca de sua memória. Para isso, são solicitadas ao público informações como nome e profissão, que darão início ao processo das recordações, através das quais histórias são construídas e seus principais detalhes, anotados nos biombos brancos que constituem o cenário do espetáculo, e mais, são utilizados como parte dele e cochia.

Gustavo dá vida ao passageiro, e César à três personagens com características físicas fixas, porém adicionais variáveis. Além dos quatro, são incontáveis os personagens construídos durante os pouco mais de sessenta minutos, com o auxílio de figurinos simples, estados, status, ações e direções corporais, além dos narizes confeccionados especialmente para a peça, que significam as menores máscaras, porém, as que mais revelam o quanto cada personalidade esconde.

As cenas improvisadas são brilhantemente unidas ao final do espetáculo, fazendo com que todos os passageiros desta viagem compreendam o que aconteceu com o personagem de Gustavo, que recupera sua memória, remonta os fatos e surpreende a todos com o desfecho de cada apresentação.

O risco da improvisação a serviço da dramaturgia teatral deram orgiem a um espetáculo belíssimo e atrativo, refinado quanto às técnicas e sensível às múltiplas personalidades e ocasiões às quais todos são expostos. 

Mais do que parabenizar apenas os grandes atores, mestres nas linguagens às quais se dedicam, reconheço também o trabalho árduo das equipes que se formaram, no Brasil e na Colômbia, para a execução deste trabalho incrível, e a todos que desde o primeiro passo, “La Cocina”, e o trânsito por “Cuando yo viajo”, confiaram e acreditaram no talento, inteligência e coragem de uma dupla de sucesso" (Agosto, 2010)






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