Dizem que a "saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar". Conversas, pesquisas, sonhos, prêmios, conquistas daqueles que admiro e muitas emoções pelas quais minha alma chama; mas não pelo passado, e sim pelo o que o presente tem, e o que o futuro trará! Os meus melhores encontros!
César Gouvêa, criador do espetáculo “Jogando no Quintal”, junto com Márcio Ballas, formou-se ator e se dedica à linguagem do palhaço a mais de dez anos, durante os quais trabalhou com nomes renomados na arte, como Cristiane Paoli Quito, Chacovacchi e Léo Bassi. Atualmente, a Cia. Do Quintal possui mais de dez espetáculos baseados nas técnicas de clown e improviso, sendo uma das mais renomadas do Brasil.
Gustavo Miranda é conhecido no Brasil por atuações nos espetáculos “Improvável”, da Cia. Barbixas de Humor, “Jogando no Quintal” e junto à Cia. Do Quintal em Festivais Internacionais de Improvisação. Ator formado pela Universidade de Antioquia (Medellín – CO) e fundador do grupo “Acción Impro”, reconhecido mundialmente por seus dez espetáculos, cujos integrantes atuam em encontros, campeonatos e festivais representando o país com a “Seleção Colombiana de Improvisação”.
Ultrapassando as barreiras culturais e linguísticas, César e Gustavo, embasados pela fragilidade e espontaneidade palhaço, dramaturgia e construção de cenas e personagens, bem como pela agilidade e prontidão do improvisador, relatam a saga um homem em um aeroporto, cuja maior viagem é a busca de sua memória. Para isso, são solicitadas ao público informações como nome e profissão, que darão início ao processo das recordações, através das quais histórias são construídas e seus principais detalhes, anotados nos biombos brancos que constituem o cenário do espetáculo, e mais, são utilizados como parte dele e cochia.
Gustavo dá vida ao passageiro, e César à três personagens com características físicas fixas, porém adicionais variáveis. Além dos quatro, são incontáveis os personagens construídos durante os pouco mais de sessenta minutos, com o auxílio de figurinos simples, estados, status, ações e direções corporais, além dos narizes confeccionados especialmente para a peça, que significam as menores máscaras, porém, as que mais revelam o quanto cada personalidade esconde.
As cenas improvisadas são brilhantemente unidas ao final do espetáculo, fazendo com que todos os passageiros desta viagem compreendam o que aconteceu com o personagem de Gustavo, que recupera sua memória, remonta os fatos e surpreende a todos com o desfecho de cada apresentação.
O risco da improvisação a serviço da dramaturgia teatral deram orgiem a um espetáculo belíssimo e atrativo, refinado quanto às técnicas e sensível às múltiplas personalidades e ocasiões às quais todos são expostos.
Mais do que parabenizar apenas os grandes atores, mestres nas linguagens às quais se dedicam, reconheço também o trabalho árduo das equipes que se formaram, no Brasil e na Colômbia, para a execução deste trabalho incrível, e a todos que desde o primeiro passo, “La Cocina”, e o trânsito por “Cuando yo viajo”, confiaram e acreditaram no talento, inteligência e coragem de uma dupla de sucesso" (Agosto, 2010)
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